
Acredito em tudo e não acredito em nada,
acredito na minha verdade no sentimento que brota em mim quando estou diante de
qualquer coisa, situação, conversar, pois não acredito em verdades definitivas,
o que é verdade para mim pode não ser
para outra pessoa. Respeito a verdade do outro, porém não absolvo como
minha verdade a não ser que sinta que me toque como verdade. Sinto-me livre
liberta de muitas realidades que insistem em aprisionar a vida do ser. A
sociedade nos impõem padrões que sem percebermos nos enquadramos neles e pagamos com o aprisionamento de nossa alma,
da nossa verdade. Estamos sempre sendo puxados de um lado para o outro sem nos
da conta dessa relação de força que vivemos constantemente. Outro dia observei
um dialogo entre duas amigas, uma colocando sua opinião sobre determinada
situação e a outra discordando, num determinado momento a primeira disse para à
discordante - será que você não vê, como
você pode se enganar tanto?, Ora a discussão era focada numa realidade abstrata,
Nenhuma das duas tinha prova de nada, estavam discutindo e conjecturando sobre
situação abstrata, portanto a verdade depende da percepção e referencia de cada
pessoa. Podemos refletir que no dialogo geralmente alguém esta querendo impor a
sua verdade para o outro. É sempre assim, o dia a dia, os diálogos na grande
maioria mesmo sem conscientemente termos a intenção estamos tentando impor de
alguma maneira a nossa verdade para alguém, pois é a nossa referencia de certo,
de verdade, é incrível como se torna difícil não agir assim. Porém reconheço o
quanto é difícil sermos observador o tempo todo sem impor nada, é quase
impossível, mas acredito que com atitudes continuadas vamos nos acostumando a
aceitar a verdade do outro sem querer
muda-la, e até em alguns momentos aprender com o diferente. O dialogo é
necessário e instrutivo como mudaríamos se não existisse o diferente, como
repensaríamos as nossas vidas!